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O convite é para servirmos, honrarmos e nos submetermos ao outro; nunca reivindicarmos.

Queremos unidade, avivamento, formação de líderes, mas não sabemos como, nem de que jeito fazer isso acontecer. É o que acontece também com o discipulado; queremos entrar nele, mas não temos a visão, não temos entendimento claro do que é, de como começar, de quais os custos, do que precisamos, e para onde levar os discipulandos, além de tantas outras questões fundamentais. (…)

Então, o que é o discipulado? Podemos dizer que são “vínculos íntimos, sólidos e entranháveis entre duas pessoas – discipulador e discípulo. O discípulo deve ser aberto, maleável, tratável, e ter um desejo de se formar em Deus. Ele escolherá o seu discipulador direcionado por sua liderança: Alguém cuja vida cristã seja totalmente aprovada (previamente discipulado por outrem), para levá-lo a uma posição mais elevada em Deus, de aprendizado da palavra e da vida.”

(…) Discipulado não é uma classe de aula cheia de alunos com um professor à frente. (…)

Outra coisa que não é discipulado: um relacionamento de aconselhamento esporádico, no qual uma pessoa, quando precisa, ou quando tem alguma necessidade ou problema, procura alguém mais experiente, um pastor ou um líder, para receber conselho e uma luz nova sobre determinada circunstância. Isso pode ser chamado de relacionamento de aconselhamento, mas nunca de discipulado. Outra coisa que não é discipulado: duas pessoas reunidas onde uma é mais experiente que a outra, com propósito de lerem a Bíblia ou fazerem algum estudo. Também não é discipulado uma programação pré-estabelecida de estudo, de formação teórica ou teológica.

Por que nada disso é discipulado? Porque o cerne do discipulado não consiste em uma programação humana, baseada em talentos carismáticos de um determinado líder, e sim em vínculos fortes entre alguém com coração ensinável e um discipulador aprovado. O centro do discipulado são vínculos, ligaduras no Espírito, alianças entranháveis – compromisso de submissão, de andar na luz, de se deixar tratar.

Esse compromisso é que define se o relacionamento é, ou não, o discipulado. Esse vínculo é a evidência de que aceito o desafio de andar na luz com alguém, e “herdar o seu manto”, submeter-se a ele e abrir mão dos meus conceitos errados. Esses vínculos são quem define o discipulado.
Entrar no padrão do discipulado é entrar no estilo de vida de Jesus. Somos convidados a viver uma vida de desprendimento, negando a nós mesmos, diariamente tomando a cruz – isso é o centro do Evangelho.

O convite é para servirmos, honrarmos e nos submetermos ao outro; nunca reivindicarmos. É mais do que algo exterior; é uma renúncia completa por ocuparmos o primeiro lugar, seja qual for o contexto. A ênfase não está no quanto de unção, autoridade e revelação eu tenho ou posso vir a ter, mas no quanto estou disposto a abrir mão, para aprender. O convite é para o humilhar-se, o esvaziar-se de si mesmo e então, só então, começar a crescer, pois o alvo do discipulado é o crescimento.

Discipulado, então, é viver uma vida de renúncia. Mas por que devemos renunciar? Porque esta é a única forma que Deus tem para produzir em nós o quebrantamento e uma real dependência dele, que é o caminho para a eternidade. (…) (OLIVEIRA, Elvis. Discipulado Fácil. Fortaleza, Premius, 2010, 128 p. Págs. 23-27).

Publicitário, chefe do departamento de comunicação social e gestor de TI.
Anderson Solano

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