POSICIONAMENTO
Comissão reuniu-se no dia 9 de julho em Campo Grande, iniciando fase de debates acerca dos temas que norteiam a nação
CBSM cria Comissão de Cidadania, Fé e Ação Política
O cenário político atual, devido aos últimos acontecimentos, propõeoutras mudanças. É preciso refletir sobre esses fatos
A Comissão de Cidadania, Fé e Ação Política foi criada durante a 67ª Assembleia da CBSM realizada recentemente em Dourados. Composta por cinco membros – pastor Sergio Nogueira, Dr. Luiz Alberto Ovando, pastorDinart José de Souza, Irmã Jaqueline Regis Soares e Dr. Ailton Stropa – a comissão tem por finalidade estudar e oferecer recomendações à liderança batista do Mato Grosso do Sul sobre os assuntos ligados à Cidadania, Fé e Ação Política.
A comissão reuniu-se pela primeira vez no dia 9 de julho na sede da Convenção, em Campo Grande, e já tem marcado para o dia 4 de outubro seu segundo encontro. Serão três reuniões ao ano, mas seus membros manterão contato permanente via internet.
Abrimos um espaço no jornal O Batista para a divulgação de temas que estão sendo discutidos pela comissão. Os textos veiculados abaixo são de exclusiva responsabilidade da comissão, sendo inseridos após sua aprovação.
PLEBISCITO
A toda manifestação é sempre importante analisar a causa do evento. Vimos que no mês de junho o povo se manifestou indo às ruas para protestar sobre o aumento do valor das passagens do transporte urbano. Desde então o levante se transformou numa constante exigência de posicionamento do governo sobre as mazelas administrativas que têm sido toleradas ao longo desses últimos 10 anos. Acuado, o governo, como sempre, tentou levantar cortina de fumaça que pudesse enganar os incautos, e nessa nuvem estava promessa de realização de um plebiscito. O termo é complexo e aos menos avisados soa como algo deslumbrante e alvissareiro. Muitos se apresentaram a conceituar o termo e muitos, inclusive os nossos representantes em Brasília não sabiam muito bem o seu significado.
Plebiscito é recurso político administrativo usado desde a época do império romano e quer dizer “decreto da plebe”, ou seja, participação direta do povo na escolha de algo que se transformará em lei. Plebiscito é consulta ao povo antes da lei ser constituída. Mas, o que queria a presidente? O item mais importante do plebiscito seria a reforma política. É bom lembrar que o partido atual, há 10 anos no poder, não se mexeu para qualquer mudança significativa desde então. Estão aguardando as reformas política, previdenciária e administrativa. Sem essas mudanças é possível fazer qualquer acerto, até mesmo criar 39 ministérios sem muita atuação. O governo do PSDB representado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso promoveu à reforma do Estado e muitas privatizações e agilização do serviço público o que aplainou o caminho para a continuidade e tranquilidade do governo do PT. No entanto, as exigências populacionais avançam e o que não é aprimorado e lubrificado, deteriora. Foi o que aconteceu, estourando no governo atual com a consciência de corrupção e total desrespeito aos princípios e valores que intencionalmente têm sido abandonados pela linha administrativa e política adotada pelo governo atual. Esse abandono se materializou na constante insegurança pública, precária condição de saúde e educação que não forma caráter e visão social cidadã, mas sim molda no homem tendência utilitarista ao consumismo. O aluno é educado para consumir. Tudo isso enfatizado e evidenciado pela desvalorização total e desprezo absoluto pela família tradicional através da facilitação e estímulo ao crescimento homoerótico. Sendo assim, o que quer a Presidenta, que não se importa com regras e princípios, porque até a regra da língua portuguesa ela ignorou, deturpando o seu título!? Tenta mais uma vez amenizar a turba através de promessas inconsistentes e descabidas além de anacrônicas para a ocasião. É bom lembrar que a reforma política, tão necessária, não necessita de plebiscito, basta coragem e articulação política para que seja levada à frente pela Câmara Federal. O que precisa ser destacado é a ênfase em cláusulas pétreas que evitem a manipulação pelo poder legislativo à luz de interesse de grupo de parlamentares. Estabelecido mudanças, o povo poderá ser consultado através de referendo, que é a confirmação de lei aprovada no Congresso como foi o referendo do desarmamento. O povo disseNÃO e a lei tem detalhes pétreos que evitam a interferência de grupos econômicos que podem deturpar os objetivos das leis aprovadas.
Alerto para os reais propósitos desse governo quando faz proposição de plebiscito. Vejam que o que precisamos é observância das exigências inerentes ao cargo e não a banalização de prerrogativas institucionais usadas para outras finalidades onde os representantes lançam mão de recursos públicos para se beneficiarem como aconteceu com o uso dos aviões da FAB. A coisa é tão acintosa que a real intenção do governo é acomodar “cumpanheros” e cria cargos ridículos como “Diretor do Departamento de Racionalização das Exigências Estatais da Secretaria de Racionalização e Simplificação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República”. Viram o porquê que o povo está indo às ruas!? Sendo assim o que se faz necessário é a seriedade e resgate de valores e princípios que estão fundamentados nos ensinamentos divinos que precisamos evidenciar com mais ênfase nas nossas Igrejas. O Plebiscito já foi enterrado, mas ainda está assombrando a Presidente que, pela queda de popularidade, quer sustentar a sua agremiação a qualquer custo. Fiquemos alertas e não deixem de instruir a sua igreja, politicamente também.
LUIZ OVANDO
Vice Relator da Comissão de Cidadania, Fé e Ação Política da CBSM.
Membros:
Pr. Sérgio Nogueira- Relator da Comissão.
Jacqueline Regis Soares-1ª.Secretária.
Pr. Dinart José de Souza-2º.Secretário.
Ailton Stropa Garcia-Membro
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