Estamos, mais uma vez, numa campanha eleitoral. Desta vez, para vereadores e prefeito.


Isso é um grande privilégio, mas também uma grande responsabilidade, pois cabe a nós, cidadãos brasileiros, escolher, livremente, os que nos irão representar, governar, durante os quatro próximos anos.


Deus deixou duas instituições para nos abençoar, ou seja, a Igreja e o Governo. A Igreja trabalha com o Evangelho e o Estado, com a Lei; ambos necessários para o bom andamento da sociedade, quando diligentemente usados.


Já imaginaram uma sociedade sem a presença da Igreja? Agora, pensem em uma sociedade sem Governo. Portanto, as duas instituições são necessárias para reger a vida em sociedade.


Há os que dão excessiva ênfase à Igreja, negligenciando, por outro lado, o Governo. Dizem que não se envolvem com política, que são apolíticos e assim por diante.


Os cristãos e, principalmente, os líderes, deveriam ser os primeiros a se interessar por política para que bons candidatos sejam eleitos, a fim de que, em nossos parlamentos e executivos haja pessoas tementes a Deus e preocupados com o bem-estar do povo. Jamais deveriam ser estorvos, enfim, colocar obstáculos, baseados em desculpas as mais descabidas com vistas a barrar pessoas sérias e bem intencionadas a chegar a um cargo público.


Se podemos colaborar, por que vamos atrapalhar? Sendo assim, o que podemos fazer para ajudar na eleição de bons candidatos?


Primeiro, entendo, devemos estar conscientes de que a Política é algo útil, algo divino, através da qual, como já disse, Deus quer reger e abençoar as pessoas.


Vejam como Deus se interessou (e continua interessado, pois esse valor moral não foi abolido) pelos israelitas, orientando-os na escolha de um rei (Dt 17.14-20). Deus dá ordens expressas de quem deveria ser o escolhido e de como se deveria comportar.


Assim, devemos agir também, ou seja, escolher alguém nosso, do nosso meio, e apoiá-lo das mais diversas maneiras. Podemos:

1. Distribuir material de propaganda;

2. Colocar um adesivo no carro (não nos custa nada);

3. Destacar a vida e as propostas do candidato;

4. Orar pelas eleições;

5. Contatar parentes, amigos e vizinhos.

Enfim, podemos fazer muitas coisas úteis para que gente boa chegue ao poder para servir a população e defender os valores dos quais a sociedade não pode abrir mão. Agora, os que insistem em atrapalhar e ver a política como algo profano, certamente, não estão fazendo a vontade de Deus.

Acrescento que os líderes cristãos já deveriam se preocupar com as eleições, bem antes do pleito, visando não só o êxito de bons candidatos, mas para que membros de nossas igrejas não sejam usados como meros “cabos eleitorais”, além de impedir que “poderosos” lancem muitos candidatos nossos, com vistas a uma pulverização, para que ninguém se eleja.

Outro sentido através do qual podemos colaborar é não trabalhar, meramente, por dinheiro, mas por ideologia, ou seja, trabalhar para que tenhamos bons representantes no Legislativo e Executivo, durante quatro anos, fazendo um bom governo.


Aqui, cabe novamente acrescentar que Deus pensa no Governo como um servo Dele. Vemos isso em Romanos 13.4, onde se lê que “a autoridade é ministro de Deus para o teu bem”. E para que isso aconteça, necessário se faz a nossa colaboração para que pessoas guiadas por Deus estejam no poder.

Ainda acrescento o que um grupo de igrejas faz na Capital, ou seja, recomendam determinado candidato. Cristãos tradicionais chamam isso de “voto de cabresto”, reprovando tal atitude. Podem estar errados em outras práticas, mas, nesse ponto, creio que estão certos, pois assim os membros são orientados e, geralmente, o candidato indicado é eleito, obtendo-se êxito.

No lado tradicional, praticamente, não se indica ninguém e aí acaba-se votando no ateu, no à toa e não sei mais quem, desperdiçando o enorme potencial que temos.

Seria o tempo de rever nossos conceitos e posturas, com vistas a colaborar em vez de atrapalhar?


Eu quero gente boa no Governo. E você? Se a resposta for afirmativa, colabore, empenhe-se para que isso aconteça. Aliás, esse é o desejo de Deus.

Termino com uma afirmação de Calvino a respeito da política: “Não se deve pôr em dúvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações.”

Pr. Carlos Osmar Trapp
Presidente do Grupo Evangélico de Ação Política Geap

Publicitário, chefe do departamento de comunicação social e gestor de TI.
Anderson Solano

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