Entrevista Ministerial: Pr. Eli Souza Jr.

por mar 23, 2012Notícias0 Comentários

Eli Souza Junior (41) assumiu o ministério pastoral da Igreja Batista Memorial (IBM) em dezembro de 2001, em Campo Grande. É filho de Arlene e Eli e casado com Suene (36), com quem tem três filhos: Pedro (15), Pietra (13) e Paola (7). Dinâmico, comunicativo, o Pr. Junior, como gosta de ser chamado, tem dedicado seu tempo à igreja e às atividades denominacionais. É membro do Núcleo Gestor da CBSM, desde sua implantação, e o responsável pela Coordenadoria de Missões. Ele é também o Coordenador Voluntário da Junta de Missões Nacionais para Mato Grosso do Sul.

Atualmente a IBM possui 866 membros, somente na sede, e mais três Extensões: Nova Lima, Vida Nova e Núcleo Sul (Campo Nobre e região), além da Missão em Porto Murtinho.

Com um olhar sensível às mudanças sociais e culturais de nosso tempo, Pr. Eli Jr tem liderado a igreja formando homens e mulheres para uma liderança multiplicadora e saudável, capacitados por uma equipe ministerial com tempo integral.
Conheça um pouco mais este servo do Senhor e o trabalho desenvolvido na IBM.

O Batista: Conte um pouco sobre sua biografia:
Pr. Eli: Nasci em um lar cristão e fui educado na PIB em Campo Grande, aos pés do Pr. Jonathan de Oliveira. Ainda criança me entreguei a Cristo e aos oito anos fui batizado (31-12-1978). Aos 13 anos, na sala dos Embaixadores de Cristo, tive uma experiência muito forte com Jesus quando entendi de fato minha necessidade de conversão. Ao contrário de muitos que relutam em atender ao chamado, eu nunca tive crises em relação a esse processo. Entrei no seminário aos 17 anos…  aí sim vieram as crises.

O Batista: Fale sobre sua experiência ministerial.
Pr. Eli: A primeira vez que preguei em um púlpito foi aos 13 anos na PIB. Quando fui para o seminário, fui enviado para abrir o trabalho no bairro Otávio Pécora, que hoje é a Igreja Batista Vidas no Altar no Monte Castelo. Depois cuidei das congregações nos bairros Rouxinóis e Colibri. Fui ordenado na IB. Serradinho em 10 de fevereiro de 1995, onde pastoreei até agosto de 2000. Logo em seguida, atuei por um breve período como Ministro da Família na PIB de Campo Grande, sob a liderança do Pr. Gilson Breder. Em 2001 assumi o ministério titular da IB. Memorial (IBM).

O Batista: No último mês de dezembro, o senhor completou 10 anos de ministério pastoral à frente da Igreja Batista Memorial. Como é o trabalho desenvolvido pela igreja?
Pr. Eli: Fui abençoado em suceder um excelente trabalho realizado pelo Pr. Orlando Saab, que estruturou a igreja para viver um crescimento. Há alguns dias, pude reler um questionário de apresentação formulado pela Memorial para me conhecer melhor na época e fiquei feliz em ver que os sonhos de 10 anos atrás estão se tornando realidade. Gostaria de compartilhar alguns pontos que apresentei naquela ocasião:
Culto: Dinâmico e informal com adoração aberta e livre para a ministração do Espírito Santo;
Liderança: Ministérios estabelecidos e sustentados a partir da liderança leiga da igreja, capacitados por uma equipe ministerial em tempo integral;
Enfoque ministerial: Estabelecimento de pequenos grupos e desenvolvimento de ministérios voltados às famílias;
Missões: Crescimento sistemático do envolvimento da igreja em Missões (do outro lado da rua ao outro lado do mundo).
Como destaque, posso dizer que o principal fator de mudança da igreja nesta década foi o estabelecimento da equipe ministerial. Hoje somos seis ministros na sede focados na vida da Igreja.

O Batista: Qual o modelo ministerial da IBM?
Pr. Eli: Somos uma igreja em construção. Nosso modelo está baseado na visão de Efésios 4.11 e 12, no qual  vemos cinco dons de ministérios distintos que têm a tarefa principal de equipar os Santos para a edificação do corpo. Não temos um nome para o modelo, por isso podem nos chamar de Igreja Flex Power (rs). De todos os materiais disponíveis para a construção de um modelo, o que mais se aplica a nós é o Desenvolvimento Natural da Igreja, de Christian Schwarz, porque parte do pressuposto da necessidade de uma equipe ministerial.

O Batista: Uma das estratégias da IBM são os Pequenos Grupos (PGs). Qual a sua importância para a vida da igreja e por quê?

Pr. Eli: Desde o início nossos PGs exercem o foco de pastoreamento. Mesmo sendo notório que promovam um crescimento numérico à igreja, seu maior foco é o cuidado e consolidação. Costumo dizer que não importa o nome que você irá dar (células, grupos de comunhão, etc), mas pequenos grupos são imprescindíveis para uma igreja que deseja saúde para seus membros e congregados.

O  Batista:  Ao  longo  da vida da igreja, algumas características  ou  marcas
foram consolidadas. Comente.
Pr. Eli: A IBM possui cinco marcas, que são o nosso DNA. Cada delas  faz um sentido enorme para nós. Compartilho-as de forma  sucinta:
* Uma Igreja Viva: relevância na sociedade e no Reino. A pergunta é: Qual diferença fará se nossa igreja fechar as portas hoje?
* Uma Igreja Adoradora: Excelência é a nossa forma de adoração. Para Deus não damos nada que não seja o nosso melhor.
* Uma Igreja Madura: Formar discípulos que possam responder às questões da vida de forma bíblica e contextualizada.
* Uma Igreja Missionária: Nosso primeiro slogam missionário foi “Ou fazemos Missões ou Morremos”. Ele resume tudo o que pensamos a respeito da importância da obra missionária.
* Uma Igreja Acolhedora: Crescer sem perder nossa maior marca: “Mais que uma igreja, queremos ser a sua família”. É uma proposta ousada, mas lutamos contra a impessoalidade da igreja pós-moderna.

O Batista: Como fazer com que os membros pratiquem essas marcas em seu cotidiano?
Pr. Eli: Não promovemos programas que roubam nossas forças e não estejam focando uma dessas marcas. Para cada uma delas, existe uma estratégia de crescimento, consolidação e uma área ministerial responsável. Baseados nisto, reforçamos sistematicamente as marcas.

O Batista: Como é a Escola Bíblica na IBM, hoje?
Pr. Eli: Em 2002 nasceu a Escola Bíblica Dinâmica com novos métodos para ensinar as verdades eternas. Como evolução do processo, hoje temos a AME (Academia Memorial de Educação) com um raio de ação muito mais abrangente. Como resultado, temos colhido uma adesão relevante de alunos em todas as faixas etárias e de interesse. Chegar e ver as classes lotadas de alunos e professores bem preparados é uma alegria indescritível. Ligado a este processo está o MIMO (Min. Infantil da Memorial) com mais de 50 voluntários.

O  Batista:  Quais as iniciativas da Memorial  para  alcançar o coração das crianças e adolescentes?
Pr. Eli: A cada dia os grupos estão se tornando mais específicos, então o segredo é a especialização. Sejam ministros leigos ou em tempo integral, a igreja precisa olhar para os diversos grupos que a compõem. A primeira providência é não olhar crianças como iscas para adultos. Cuidamos de nossas crianças pelo valor que elas têm e não pela potencialidade que possuem de trazer os pais para a igreja. Vencida esta etapa, precisamos disponibilizar ferramentas que tratem da família, pois lá reside o problema essencial. Em relação aos teens temos que lembrar que as ofertas e facilidades no mundo estão em densa multiplicação. Nossa estratégia é simples: o maior tempo possível de exposição dos adolescentes à presença e ao poder de Deus.

O Batista: Como é o coração missionário da IBM?
Pr. Eli: Costumamos dizer: “Se você não ama Missões, provavelmente a Memorial não é o seu lugar”. Uma boa experiência para compartilharmos é o método que a igreja adotou de investimento na obra missionária. Utilizamos a Oferta Missionária de Fé (OMF) como padrão e a cada ano, a igreja faz a média de entradas da OMF e dobra o valor do investimento, ou seja, para cada real ofertado para missões a igreja coloca outro real em cima. Os membros são missionários, e a igreja também. Hoje são 14 parcerias missionárias e a implantação de 4 Missões, além das ofertas enviadas às Juntas Missionárias e do investimento sistemático no despertamento e preparação de vocacionados.

O  Batista: Sendo ainda jovem e querido entre eles, deixe uma mensagem para nossa juventude batista.
Pr. Eli: Jovem?! Acho que não… mas tento me manter o mais próximo possível de jovens e adolescentes. Eles têm o poder de arejar nossa mente. Meu conselho é bem simples: não deem uma gota da sua força para o inimigo, glorifiquem a Deus com o melhor do seu vigor e criatividade. Dancem, louvem, estudem, trabalhem e façam a diferença na sua geração… promovam um santo barulho de santidade ao Senhor!

Publicitário, chefe do departamento de comunicação social e gestor de TI.
Anderson Solano

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