Capelão Adão José, Cleiton Luis, após seu batismo
na Unidade Coronariana do Hospital do Coração,
Vânia, sua esposa e Márcio, seu irmão.
No exercício de meu ministério como Capelão Hospitalar, inúmeras são as experiências pelas quais temos passado, todavia a narrada a seguir foi marcante em nossa via. E, por achar que servirá de edificação e reconhecimento da importância da Capelania Hospitalar, como obra missionária, passo a narrá-la:
No dia 15/06/11, recebi um telefonema do Dr. Eduardo Reigota chamando-me para atender um paciente em estado terminal na Unidade Coronariana do Hospital do Coração desta Capital. Ali chegando, por volta das 18h00., e sendo inteirado do estado de saúde do paciente fomos o médico e eu, até ao leito que ele ocupava, então ali encontramos com um jovem de 34 anos vivendo os últimos instantes de sua existência. Falamos da transitoriedade da vida, do amor de Deus, das promessas de Jesus de que estaria conosco até a consumação dos séculos e apresentamos o plano de salvação e, ele, com lágrimas nos olhos se decidiu por Cristo, confessando-o como Senhor de sua vida e Salvador de sua alma.
Feita essa decisão, oramos entregando-o a Deus e o Dr. Eduardo perguntou qual era agora o seu desejo e ele disse que queria ser batizado, porém queria que tal fato ocorresse na presença de seus familiares para testemunhar sua decisão, visto que há tempo ele vinha procrastinando. Nesse momento o médico sabendo que lhe restavam poucos dias de vida, perguntou quando ele queria se batizar. O paciente olhou para mim e disse que “quando o Capelão pudesse realizar o batismo, pois se depender de mim, disse ele, eu queria ser batizado hoje ainda”.
Diante de seu desejo e mediante o compromisso de em se recuperando ser batizado por imersão expliquei que, nós os batistas, praticávamos o batismo unicamente por imersão, mas que, naquele caso, não nos prenderíamos à forma, mas sim ao fato. Posto isto, chamamos a família e o batizamos por efusão.
Naquele final de semana ele recobrou a saúde teve alta voltou para casa. Nove dias depois, teve uma recaída, voltou a se internar na UTI do Hospital do Coração, ocasião em que passamos ao seu lado confortando e apoiando espiritualmente ele e a família. Contudo a doença foi mais forte e às 18h40., daquela tarde o Cleiton Luis não resistindo partiu para junto do Pai, deixando a esposa e um filhinho na orfandade mas salvo em Cristo Jesus. No dia seguinte realizamos a cerimônia fúnebre e na capela do cemitério tivemos a oportunidade de pregar para cerca de 120 pessoas.
Cpl. Adão José Pereira
Servo do Senhor a Serviço da Vida
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