O brado de liberdade daquele memorável sete de setembro de 1822, ecoando vibrantemente pelas planícies verdejantes do Ipiranga, repercutiu em cada coração brasileiro, como uma cantiga de alegria.

Sim, porque o coração só pode cantar livremente quando a opressão não o sufoca.


Quando, porém, sob a falsa proclamação de liberdade, que nada mais é que uma opressão disfarçada, uma nação mais fraca se vê subjugada por outra mais forte, o eco desse brado repercute em cada coração como um gemido. O coração subjugado só pode chorar.

Quando estive em Angola, verifiquei o contraste gritante que há entre a sadia alegria da nação livre e por isso feliz, como o nosso Brasil, e a dor pungente de uma nação oprimida e por isso infeliz.

Ao comemorarmos o sete de setembro, dobremos os nossos joelhos agradecidos a Deus por esta maravilhosa Pátria que Ele nos deu, imensa na extensão do seu território, grande no tamanho do seu mar territorial, rica na pujança de suas minas, na imensidade dos rios do Pantanal, no perfume e colorido das suas flores, no sabor inconfundível dos seus frutos, no encanto de suas aves multicores, no verdor de suas matas e agradeçamos também pelas cachoeiras do nosso estado e, sobretudo pela graça de sermos um povo livre e feliz.

E dentro dessa liberdade que mercê de Deus conseguimos seu derramamento de sangue, que cada brasileiro, cônscio do seu dever, faça a sua parte para que a Pátria querida atinja o grande destino de nação líder que lhe está reservado. Que neste sete de setembro façamos uma prece de gratidão a Deus para que a nossa cara Presidenta da República, bem como aquele em cujos ombros recai qualquer responsabilidade na direção dos destinos de nossa Pátria, não falte a direção divina, para que os nossos soldados em terra, cortando os ares, singrando os mares tenham em Deus a inspiração permanente, para que todos os nossos irmãos, no desempenho das suas atividades, sejam elas quais forem, humildes ou elevadas, tenham sempre a consciência de um dever a cumprir, para que finalmente Cristo habite em cada coração brasileiro, a fim de que, irmanados pela mesma fé, compreendamos esta grande verdade: “Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor” (Sal. 33.12).

Que ao assistirmos aos desfiles que comemoram a independência da nossa Pátria, juntemos ao ardor cívico que empolga nossos corações às lágrimas de emoção e alegria que caem de nossos olhos, ao riso de felicidade que se estampa em nossa face. No entusiasmo que nos contagia com o rufar dos nossos tambores ou com o eco dos nossos hinos pátrios, que possamos todos brasileiros unidos, brasileiros felizes, brasileiros gratos a Deus assim repetir em Coro: “Seja a tua misericórdia, Senhor, sobre nós, como em ti esperamos” (Sl 33:32)

Membro da PIB Campo Grande e da Associação de Novos Escritores de MS

Maria Aparecida Marques

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