O evangélico e o voto consciente
O voto é um instrumento transformador na vida de um país, estado, ou município. Ele é capaz de operar as mudanças necessárias em benefício de um povo como o nosso, que, no momento em que se aproximam as eleições, passa a viver as expectativas naturais de um processo como este, desejando que seu candidato seja eleito.
No entanto, o voto do povo evangélico deve ser muito consciente, pois tem o privilégio de buscar diretamente em Deus respostas para suas orações específicas, dando-lhe assim a capacidade necessária para melhor observar as propostas que os candidatos apresentam em diferentes níveis.
Nós, os evangélicos, somos atualmente uma expressiva parcela da população brasileira, com condições de lutar por transformações na vida política e social do país. Isso pode ser dito especialmente quando se considera a liberdade que a Carta Magna de 88 nos assegura, não aceitando práticas que venham denegrir a imagem de um povo salvo e transformado pelo sangue do Cordeiro, como por exemplo o voto de cabresto.
Lamentavelmente, essa prática ainda continua em nossos dias, pois muitos eleitores ainda votam nos candidatos que seus patrões e alguns líderes religiosos determinam. Com a aproximação das eleições, entende-se que é também o momento e a oportunidade de as igrejas ajudarem a mudar essa realidade através dos púlpitos.
Nunca se tornou tão urgente a presença do cristão no cenário político brasileiro, no enfrentamento do pecado, na qualidade de sal da terra e luz do mundo, pois vivemos num país de proporções continentais com vários brasis que a cada momento se afastam mais e mais de Deus, em direção às obras satânicas. Porém, se por um lado chega a assustar, por outro, é possível compreender e biblicamente afirmar: O fim está próximo. Jesus está voltando!
Como evangélicos, em defesa do voto consciente, devemos também orar individualmente em todos os momentos pela Nação, pedindo ao Senhor que nos ajude a votar naquele candidato que venha verdadeiramente somar em favor do desenvolvimento da pátria, afinado com a frase: Não pergunte o que o Brasil pode fazer por você, e sim o que você pode fazer pelo Brasil.
Não devemos permitir que o grande fato histórico que foi o 7 de setembro, que marcou enfaticamente a vida brasileira com o nascimento de uma nação livre e independente, venha, por orientações erradas, retornar ao subdesenvolvimento de outrora ou esquecer dos ideais da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade -, que foram os pilares de nossa independência. Também não deve ser esquecida a Inconfidência Mineira, especialmente na figura de Tiradentes, que assim se expressou nos momentos finais de sua vida: “Se dez vidas eu tivesse, todas as daria pelo Brasil”.
Concluindo, podemos afirmar que só Deus pode desenvolver e orientar um país, através da mensagem do texto bíblico: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmos 33.12).
Nossa fé deve nos conduzir também ao entendimento de que, pelo voto consciente, podemos chegar à condição de um país mais próspero e com mais justiça social.
Pr. Gervásio Nogueira
(Extraído de O Jornal Batista online)
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