Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?(Jr 17.9 )

O profeta fala que o coração do homem é enganoso e corrupto. Ele está completamente correto, pois, por vezes nós não conseguimos traduzir o que Deus colocou dentro de nós em vitórias. Exatamente pelo coração ser enganoso, nós somos incitados pelo Senhor para fazermos certas coisas e pensamos que isto é apenas algo da nossa mente e não da parte de Deus.

Não somos superpastores, e o apóstolo Paulo em I Co 6:18 nos orienta a fugir da impureza e claro devemos entender que devemos fugir de todo tipo de pecado. Creio que como pastores, estamos sempre fugindo sim do pecado. O Espírito Santo sempre ministra coisas boas e novas ao nosso coração, mas a corrupção que pode existir nele faz com que não vejamos tudo aquilo como Deus estabeleceu para nós. Mas o que pode ser tão danoso para o nosso coração ao ponto de impedir a clareza da direção de Deus para nós? O pecado é a ação mais danosa que impede a nossa caminhada de vitória, e nós pastores semana após semana estamos batendo pesado no pecado e advertindo nossas igrejas quanto ao estrago que ele faz, mas nós mesmos não estamos imunes a ele. Mas há outra coisa que não necessariamente é pecado, mas que tem causado um dano enorme à obra de Deus. Falo da mistura.

Provérbios 4.23 diz: Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. Segundo esse verso da palavra, do nosso coração procedem as fontes da vida e é exatamente aí que pode estar escondido o que pode travar a nossa obra. Essa mistura de depender de Deus e dos nossos recursos pode ser o empecilho para que as fontes do nosso coração fluam poderosamente em Deus.

Nós somos pastores ordenados por Deus e o Senhor é o nosso dono e da obra também. Devemos ser pastores que tem testemunho para contar para as nossas igrejas: de como a necessidade bateu a nossa porta, de como nos sentimos tentados a agir pela força do nosso braço e como resistimos andar por vista e como buscamos em oração a ação de Deus a nosso favor. Falar da pressão que sentimos e como perseveramos e também como foi boa a alegria de receber a resposta de Deus.

Por isso precisamos guardar o nosso coração, não existe nenhum problema em ganhar dinheiro, ou trabalhar para que a igreja saia de uma situação difícil ou o próprio pastor, mas se não temos a clareza que o Senhor nos liberou para isso, então por que fazer? Isso só vai turbar o nosso coração e impedir que vejamos a direção clara de Deus pra nós.

Que o Senhor nos abençoe.

João Aparecido da Silva, Pr.
Pastor titular da Igreja Batista Lírio dos Vales
Presidente da
OPBB/MS – 608

Publicitário, chefe do departamento de comunicação social e gestor de TI.
Anderson Solano

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